sábado, 11 de julho de 2009

Equação do relacionamento

Dance II (1909/10) - Matisse

Nesta minha propensão de tentar conhecer os mecanismos intrínsecos do relacionamento, vejo que cada vez mais vou conseguindo ter um raciocínio mais concreto do que talvez constitua minha ideologia de laços
afetivos. Quando me refiro a essa ideologia não estou traçando propriedades para um "par ideal" mas sim organizando o que seria a estrutura de idéias que me levam a distinguir cada qual. É necessário conhecer o mecanismo por mais que seja complexo pois "só os lutadores podem amar".
A maioria dos casais são formados por partes complementares, que na forma de equação seria como 1 + (-1) = 0, ou seja uma pessoa é 1 e a outra é o complemento dela, sendo igual a -1. Unidas se estabilizam em zero, ou seja acaba por ser um relacionamento neutro sem o "quê" de loucura que o amor propicia. Só assim dão certo, enquanto um reclama o outro escuta. Essa equação está errada, pois esse conceito de complemento é ilusório e infeliz. O correto é 1 + 1 = 2, tudo positivo. Ambas pessoas em harmonia consigo mesmas. Note que até mesmo alguém estando sozinho ainda pode ser positivo, pois 1 + 0 = 1 (Gostei da analogia das equações, parece coerente). Transforme-se em 1 deixe de ser -1 e quando então estiver transformado, resulte em 2.


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