quinta-feira, 13 de março de 2014

Filósofo Truncado

L'Escargot - Matisse (1953)
Já haviam passado algumas primaveras até o momento em que percebi meus conflitos se tornarem verdadeiros abismos. Não eram mais reflexões pautadas em ideias simples, sem valores. Tão pouco preocupações levianas acompanhadas de projeções de uma realidade fútil, dessas que surgem em tardes entediantes de domingo. Mas sim, inquietações existenciais afigurando-se à poeiras cósmicas. Fragmentos do saber aglutinando-se na tentativa de gerar uma estrela, ou uma ideia.
No desdobrar sobre si mesmo, questiono: Por que me tornei assim? Inacabado, truncado, me perdendo noite adentro no vazio de lacunas. Montando e remontando filamentos do que um dia senti ou fui. Também me pergunto como vivem os Filósofos da Vida, sem ter claro seus princípios do que é viver.
Pois bem, faltam-me palavras.





segunda-feira, 3 de março de 2014

Sobre o vazio.

Study of Nude, Henri Matisse (1899) - Bridgestone Museum of Art, Tokyo

Ás quero todas.
Seus corpos, suas palavras, seus valores...

Seguro de incertezas, penso que amo.
Me equilibrando entre abismos e definições.

E são tantos olhares, tantos mistérios,
quanto infinitos paraísos.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Sobre a Criação


Xote - Óleo sobre tela. Outubro 2013

Onde estavam as palavras
antes de se disporem
na melodia do artista?
Quais eram seus sabores?

E essas coisas que dizem os poetas?
É necessário vida?
Ou a sinfonia pairava
por entre seus dedos?