quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dias Vãos em Tardes sem Fim

Palácio Quitandinha - Petrópolis, RJ (06/01/11)

Não me repousa mais a falta.
Te traio com versos que já não são teus.
Sozinho, o coração exalta.
Desabota suspiros nesse seio meu.

O laço frouxo sufoca.
E o olhar é tão fosco.
Entre meus dedos,
um sentimento do tamanho do mundo.
Não posso tocá-lo.

Se faço jus ao desejo.
No seu corpo entrelaçar.
Na noite devo fugir,
pra nunca mais retornar.

Acordei com mentiras dormindo ao meu lado.
Serena, fustiga, fico calado.
Quando restaura, me acolhe junto ao lar.
Tão bela é a solidão.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um vão na Noite em dia de Chuva

Aos Redores de Sta Rita de Caldas - MG (Após um leite de vaca) - (30/07/2010)

Na chuva haviam gotas pesadas de tristeza que inundavam toda a minha espectativa de rever aquelas amigáveis faces. O vento assoprando as copas das árvores perguntava: Onde estão seus amigos? E por que as nuvens choram?
Para cada resposta o silêncio. E a solidão que é amiga, também me esmagava o brilho nos olhos. Me tirava a força de estar em si, que alimenta o vir-a-ser e que é tão sagrada.

Com a chuva ainda restaram saudades. E o fastio que ficou, me engasgava como uma negra serperte intalada na garganta. Já não quero pensar no orgulho dos homens, recorrerei a enxurrada e deixarei levar com ela esse amargo vazio.