terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sobre os caminhos que trilhamos

Toque toque pequeno, São Sebastião - SP (11/10/2010)

Será mesmo o superar-se mais forte do que qualquer amor? Reflexos desse último, ao que parece, me cessam o movimento e me impedem de acompanhar o ritmo da vida.

Vejo dois caminhos distintos que somente em desejos se cruzam. A solidão sim, é sempre companheira e nem por isso, triste é meu ser.

Cada escolha traz consigo uma fé. E a verdade paira sobre a certeza dos homens.
Só, viverei buscando momentos e para cada instante preservarei uma sensação. Serão como infinitos paraísos.

Sigo ainda com esperanças. Esperança de que um dia nos comuniquemos por olhares, pois cada palavra é um abismo de suposições. E a sua beleza será então a minha sintonia.

Oscilo entre as veredas de cada sinal deixado na areia. Onde chegarei? Somente o percurso é sensato. Me transforma a cada passo em direção a mim mesmo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Reflexões de Uma Pedra



Não sei por que estou aqui.
Simplesmente quando dei por mim eu era assim, um ser imóvel e pensante.
Percebo que é estranho pensar, mais estranho ainda é pensar que estou pensando.
Pois penso nas coisas que se passam, não sei o que são, mas apenas sei que passam.
Ora são carícias, que eu chamei de vento, e ora são lágrimas, que eu chamei de chuva.
Quando é claro é quente e quando é noite é silêncio.

Sou um ser imóvel e pensante.
O que eu sinto só eu sei. Não precisa de verdades.
O mundo é assim, seco, molhado. quente e frio. Uma parte é terra e a outra é vento.
Não havia nada além do céu até aquele olhar. Depois disso tudo mudou, pois assim eu sei que tudo passa, tudo muda.
Eu estava no meio do caminho quando me notaram.
E toda minha singularidade aflorou-se, pois também tenho uma história.

(Publicado Poeta de Gaveta VOLUME 20)

domingo, 3 de outubro de 2010

Inevitável Saber

Machupicchu - Peru (18/07/2010)

E essa sede do saber que me extasia a boca! Quando inocente, chega a ser imposta e me embaraça a vista. Então, sigo caminhando por entre as linhas do intelecto, apenas me esbarrado no saber.
Já não pondero o que é certo ou verdade, o que é terno ou eternidade. Onde está meu interesse? Estará perdido em algum bar? Caído na calçada acompanhado de meus valores? Não, não é pra tanto. Só que as vezes me confundo ou me confundo, às vezes em que estou só.
O não saber é o que me cala a boca. É o que me convida a buscar nos outros tudo aquilo que nem se quer perdi.