terça-feira, 13 de outubro de 2009

Eu e a Cidade

Thermas Antônio Carlos - Poços de Caldas - MG (22/11/2007)

Vejo a cidade que surge por entre as montanhas, uma ponte cresceu, uma árvore caiu e os carros continuam indo. Caminho em suas ruas, observo mentes poluídas que circulam por entre os faróis. Há pessoas andando em linha reta, seus valores estão jogados pelo chão. Eu, ao contrário, joguei os meus no lixo, para que ninguém os visse. Onde estão meus amigos? Quão distantes estão? Sobre o que falaremos?
Agora estou olhando pra mim, quem me vê é a tristeza. Devo estar sujo também, já que não encontro a beleza. Só as músicas continuam belas, estão ricas em harmonia. Mas não são as mesmas, não sou o mesmo. Sobre o que falarei?

3 comentários:

Gammelo disse...

Não sei quanto voce, mais eu falo da saudade, do frio que batia no meu rosto cada manha em que eu ia para a escola, do cansaço ao subir tantas ladeiras, das vezes em que simplesmente eu sentava na praça para tomar um sorvete, das visitas a biblioteca e das horas de leitura ouvindo a fonte.
Eu nao nego que tem pessoas jogando lixo nas ruas, mais tambem jogo os meus no lixo.
Sinto saudade de caminha com o meu olhar triste no inverno frio.

Unknown disse...

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E ai Gabriel!

Sim, nesse texto não falei muito da cidade, falei mais da minha impressão sobre ela. Ainda quero descrever esses momentos que com certeza deixam saudades. =D

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JAIRCLOPES disse...

Marcos,
O teu texto é poético e contém uma dose de niilismo. Como poeta você encara as agruras da vida com amor pelo mundo como um todo e lamenta que o mundo é seja como e não como queremos que ele seja. Parabéns pelo texto.