![]() |
Memorial da Resistência - São Paulo, SP (23/10/2009)
|
Em um cantinho, a aranha tece seu tricô em pontos altos e baixos.
A formiga não sai da linha, mesmo ao carregar sua cruz.
Lá do alto, a abelha viu margaridas sorrindo.
Desceu para beijá-las.
E assim, cada ser concebe seus instintos.
Ninguém se questiona.
O menino está sentado à direita do Pai.
Que bebendo um pouco d’água, aprecia a obra.
Já cansado, ele limpa o suor e assenta mais um tijolo.
Lá fora uma sacola dança.
E a criança sorri contemplando o espetáculo do mundo.
Todos os dias devemos criar e respeitar nossa natureza. Contrair para si a realidade em um particular movimento interior. E uma vez maduro, expressar sua força no movimento do mundo.
Não é assim uma semente que germina? Que no seu vir-a-ser toca o imprevisível e faz arte?
Guardo comigo cada fato na linha ininterrupta do tempo.
E amo o fato. Aquilo que é e tudo o que ficou para trás.